Presidente da ADEPEPE presente em audiência para fortalecimento da Defensoria Pública em Goiás

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Foto: Ascom da ANADEP

O presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado de Pernambuco (ADEPEPE), Edmundo Siqueira Campos, esteve presente – ao lado de representantes de associações de outros Estados – em audiência pública, nesta terça-feira (1º), para o fortalecimento da Defensoria Pública no Estado de Goiás.

Agora, a Assembleia Legislativa de Goiás vai dar início à coleta de assinaturas para criar a Frente Parlamentar para a consolidação da Defensoria Pública. O anúncio foi feito pelo deputado Virmondes Cruvinel (PSD), no exercício da presidência da Casa, no encontro batizado de “A importância da Defensoria Pública para a população goiana”.

O evento foi realizado no Auditório Solon Amaral, por meio de proposta do próprio parlamentar, em parceria com a Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP) e a Associação Goiana de Defensores Públicos (AGDP). O objetivo é sensibilizar os representantes dos Poderes Legislativo e Executivo sobre a necessidade de fortalecer a Instituição, destacar o papel do defensor público para o acesso à Justiça e também buscar apoio da sociedade civil organizada na ampliação da Defensoria estadual.

Compuseram a mesa diretora dos trabalhos o presidente da ANADEP, Joaquim Neto; a presidente da AGDP, Ana Carolina Leal de Oliveira; o defensor público geral, Cleomar Rizzo; o presidente da Associação Nacional dos Procuradores de Estado (ANAPE), Marcelo Terto e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Celmar Rech.

De acordo com o presidente da ADEPEPE, a audiência pública foi benéfica para o crescimento da Defensoria Pública no Estado que sediou o encontro. “Goiás ainda carece de uma estrutura na defensoria pública e de um número maior de defensores. Um Estado dessa grandeza, infelizmente, ainda possui poucos defensores e viemos aqui para buscar mudar esse cenário”, assegurou Siqueira Campos.

Já o presidente da ANADEP, Joaquim Neto, fez um panorama da situação local, mostrando que a balança do Poder Judiciário está desequilibrada. “A Defensoria Pública de Goiás conta com menos da metade do número de promotores de justiça e um terço do número de magistrados para atuar no Estado. O total de 31 defensores é muito pouco. Precisamos de uma Defensoria forte e estabelecida em todas as Comarcas existentes no Estado”, completou.

Durante o encontro, o deputado Virmondes Cruvinel (PSD) disse que é necessário fortalecer a Instituição e convocar todos os aprovados no concurso público para defensor. Cruvinel reafirmou seu compromisso com a classe e garantiu que trabalhará para assumir a relatoria do projeto de adequação da LC 51/2005, que equipara a lei complementar com a EC 80/2014. “Mais uma vez ressalto o compromisso de levar a importância da Defensoria Pública aqui na Assembleia Legislativa e também levarei esta mensagem para o Governo do Estado”, declarou o parlamentar.

Conforme a presidente da AGDP, Ana Carolina, há a necessidade da presença da Defensoria Pública em todas as comarcas do Estado, pois existem municípios em que a única presença do Estado é a delegacia de polícia. “A Defensoria Pública, por ter o contato direto com o assistido, tem a sensibilidade de trazer a realidade vivida pelo assistido, das pessoas que não têm condições de pagar advogado e o direito de promover a justiça para pessoas que estão à margem da sociedade e em situação de vulnerabilidade social”, declarou a presidente da Associação Goiana dos Defensores Públicos.

Já o defensor público-geral do Estado, Cleomar Rizzo, anunciou a posse de mais um defensor público durante o evento. Agora, a Defensoria conta com 32 defensores públicos. Na ocasião, ele falou do processo de instalação da Instituição. “É importante sabermos que há dez anos passados da instauração da Lei da Defensoria Pública hoje temos alcançado metas e objetivos. Mas precisamos sair desse incômodo último lugar no número de defensores públicos. Trinta e dois defensores é muito pouco, pois há muito trabalho para se fazer”, declarou.

Criada por lei em 2005, a Defensoria Pública de Goiás até hoje não foi devidamente instalada. A Instituição conta apenas com 32 defensores públicos estaduais para atender 6,5 milhões de habitantes. Mesmo com cargos vagos há pelo menos 90 candidatos aprovados no segundo concurso aguardando nomeação. Dessa forma, é essencial que haja o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) – assinado entre o Estado de Goiás, Ministério Público e Defensoria Pública – que prevê a nomeação de todos os aprovados no certame.

Participaram da audiência defensores públicos, presidentes de associações, servidores da defensoria, estudantes e representantes da sociedade civil organizada.

*Da Ascom da ADEPEPE, com informações da Ascom da ANADEP